Crítica: Com Vin Diesel, ‘Missão Babilônia’ traz trama incompreensível

O que esperar de um filme descrito publicamente pelo próprio diretor como “pura violência e estupidez”? Pois este é o caso de “Missão Babilônia” (“Babylon A.D.”, no original), do cineasta Mathieu Kassovitz, que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (19).

Kassovitz tinha razão, o longa-metragem é pura violência e estupidez. Mas esse, certamente, não é o único nem o principal problema. “Missão Babilônia” é uma bagunça incompreensível, que consegue unir cenas de ação mal realizadas a uma trama repleta de bobagens místicas e metáforas sem sentido.

Estrelado por Vin Diesel e Michelle Yeoh (de “O tigre e o dragão”), o filme gira em torno de Toorop (Diesel), um mercenário que luta para sobreviver num mundo do futuro devastado por guerras, miséria e vazamentos nucleares. A missão do protagonista é escoltar uma mulher, Aurora (Mélanie Thierry), e sua irmã (Yeoh) em fuga de um convento no Cazaquistão para Nova York. Eles cruzam o território da Rússia, atravessam o Estreito de Bhering de submarino e passam pelo Alasca e Canadá. No caminho, o personagem de Vin Diesel enfrenta todo tipo de ataques e perseguições mirabolantes, difíceis de acreditar. Mas a trama desanda de vez quando Toorop percebe que a mulher que protege significa uma última esperança para a humanidade. Daí em diante, prepare-se para um show de tiradas sem pé nem cabeça.